terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Processos erosivos.

PROCESSOS EXÓGENOS

A curiosidade maior dos alunos, que eu - inclusive - acredito ser mais pela sua denominação, sempre incide no que seja uma voçoroca. E, por mais que eu expliquei o seu processo evolutivo, seja oralmente ou por desenho esquemático no quadro desde o desenvolvimento inicial na forma de sulco, passando por ravinamento até alcançar o nível de voçoramento, a compreensão nem sempre é alcançada facilmente. 

Em decorrência disso, optei por publicar as imagens pertinentes a diversos processos erosivos (erosão e transporte) neste espaço para melhor visualização e compreensão destes, mas ressalto que todos têm em comum a água pluvial (das chuvas) como agente erosivo.

O escoamento superficial quando passa a ser concentrado deixa marcas visíveis no solo, as quais chamamos de sulcos. Estas são bem visíveis na paisagem. Com a incidência das chuvas, a água vai escavando e aprofundando mais, ainda, os sulcos, evoluindo para a formação de ravinas. A continuidade do ravinamento, com o incisão maior da água no solo pode chegar ao ponto de alcançar o lençol freático e, daí, o processo erosivo ganha maior força, agindo da "jusante para a montante" (de baixo para cima), formando a voçoroca.   

Em todas as imagens cito as fontes.


Imagem extraída do Dicionário Geológico-Geomorfológico
(GUERRA, Antonio Teixeira, 1987, pag. 349, RJ)



Deslizamento do solo com a remoção de parte da estrada
Desenho obtido da Cartilha Geologia: A Ciência da Terra
XXXIII Congresso Brasileiro de Geologia (SBG/UFRJ, 1984) 




Escoamento superficial (Bairro Pilar, Duque de Caxias, RJ)

Ravinas e Voçorocas em formação
Município de Vassouras 

A tecnologia mórbida da alimentação.



O que comemos é o que vamos ser. O nosso organismo precisa de nutrientes para se manter saudável, mas no mundo atual, a alimentação segue o mercado: O LUCRO.

Independente do que possa ocorrer nas pessoas, com a tecnologia dos aditivos que são colocados nos alimentos, estamos na realidade, nos envenenando, muitas vezes (ou na maioria das vezes) sem saber.

A OMS informa que 2,8 milhões de pessoas morrem em consequências de doenças associadas ao sobrepeso. E outras 2,2 milhões morrem por intoxicações alimentares.

Neste artigo extraido do site Carta Maior (http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=22808), escrito por Najar Tubino, temos uma noção do que ingerimos diariamente para não somente nos alimentarmos mas, principalmete, alimentar esta lucrativa indústria:

A indústria da alimentação deverá faturar em 2014 US$5,9 trilhões, segundo estimativa da agência britânica dedicada à pesquisa sobre consumo e marcas – The Future Laboratory. O mercado global de snacks (bolinhos, biscoitos, salgadinhos) deverá movimentar US$334 bilhões. As vendas de chocolates e confeitos vão faturar US$170 bilhões. O Brasil consumiu em 2012, 11,3 bilhões de litros de coca-cola, empresa que faturou US$48,02 bilhões, e lucrou US$ 9bilhões. Na pesquisa do IBGE comparando 2002-2003 com 2008-2009, o consumo anual de arroz das famílias caiu 40,5% - de 24,5kg para 14,6kg- e o de feijão caiu 26,4% - de 12,4 para 9,1kg. Os refrigerantes do tipo cola cresceram 39,3% de 9,l litros para 12,7 litros.

No Brasil, 48,5% da população está acima do peso, são 94 milhões de pessoas. Entre as crianças de 5 a 9 anos o aumento da obesidade multiplicou por quatro nos meninos (de 4,1% para 16,6%) e por cinco entra as meninas – de 2,4% para 11,8%. Uma em cada 10 crianças abaixo dos seis anos já apresenta sobrepeso. Nos Estados Unidos 35,7% da população, ou seja, mais de 135 milhões de pessoas são obesas, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) – 17% são jovens. No mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde o número já atinge 1,5 bilhão de pessoas. Na China, o índice de obesidade duplicou nos últimos 15 anos, na Índia subiu 20%. No Brasil, segundo um estudo da Universidade de Brasília, o SUS paga R$488 milhões por ano para tratar doenças ligadas ao aumento do peso.
Moderno doentio

As causas citadas para explicar esta tragédia humana estão associadas à mudança tecnológica, ao estilo de vida das metrópoles, aos hábitos sedentários, a questão prática da vida atual, não deixa tempo para cozinhar, comer em casa, entre outras tantas. É óbvio que a alimentação está no centro desse problema, que há muito tempo deixou de ter uma abordagem cultural, e precisa ser encarado como uma mudança social, política e econômica. Henry Kissinger, figura famosa na política mundial, dizia que quem domina a comida domina as pessoas. Não incluíram no pacote as doenças crônicas resultantes do tipo de comida difundida pelo mundo como algo “moderno”, como o hambúrguer e o refrigerante cola – diabetes em adultos, cardiovasculares, câncer e hipertensão, apenas para citar as campeãs nas estatísticas. A OMS informa que 2,8 milhões de pessoas morrem em consequências de doenças associadas ao sobrepeso. E outras 2,2 milhões morrem por intoxicações alimentares, resultante de contaminações de vírus, bactérias, micro-organismos patogênicos e resíduos químicos.

Neste capítulo específico a história é longa. Um dossiê da Autoridade de Segurança Alimentar e Econômica, de Portugal, usando os dados da União Europeia, contabiliza 100 mil compostos químicos usados correntemente no mundo. Na União Europeia eles registram 30 mil, produzidos a uma média de uma tonelada por ano, sendo que a metade tem potenciais efeitos adversos à saúde.

Mentira consistente. O problema é que a comida moderna, saborosa, suculenta, cheirosa vendida pela publicidade no mundo inteiro é uma mentira. Todos os aspectos citados, incluindo ainda a cor, o tempo de vida na prateleira, a viscosidade, o brilho, o sabor adocicado, ou então o salgadinho bem sequinho, todos são resultado da aplicação de uma lista quase interminável de aditivos químicos. Inclusive registrada internacionalmente por códigos numerados e divulgada pelo Codex Alimentarius, da ONU. Por exemplo, o conservante nitrito de sódio é o E-250 e o adoçante artificial acessulfamo-K é o E-950. 

Antes de avançar no assunto, um alerta da ONU sobre o uso de componentes químicos na vida moderna:

“- O sistema endócrino regula a liberação de certos hormônios que são essenciais para as funções como crescimento, metabolismo e desenvolvimento. Os CDAs, desreguladores endócrinos, podem alterar essas funções aumentando o risco de efeitos advesos à saúde. Os CDAs podem entrar no meio ambiente através de descargas industriais e urbanas, escoamento agrícola e da queima e liberação de resíduos.Alguns CDAs ocorrem naturalmente, enquanto as variedades sintéticas podem ser encontradas em agrotóxicos, produtos eletrônicos, produtos de higiene pessoal e cosméticos. Eles também podem ser encontrados como aditivos ou contaminantes em alimentos”.

Prático e baratoO problema é que a indústria se interessa por custo/benefício. Os aditivos dão consistência aos alimentos, não deixam a mostarda e a maionese virar uma gororoba, a carne e os produtos curados, como salsichas, mortadela, salames, perderam a cor vermelho-rosada. Os sorvetes não ficam com espuma, as sopas e caldos tem um cheiro maravilhoso. Fiquei enjoado de tanto ler sobre aditivos químicos nos últimos tempos. O mais impressionante, dos mais de 40 trabalhos que repassei, é a declaração da supervisora de marketing, da Química Anastácio (SP), para a revista Química e Derivados:

“- O nitrito de sódio é o principal aditivo usado em produtos cárneos, é o agente conservante de todos os produtos curados, promove a coloração vermelho-rosada nas curas e nos crus e o róseo avermelhado nos cozidos, além do sabor característico. Realmente esses produtos são considerados carcinogênicos, porém os grandes frigoríficos os utilizam pelo fato de não ter substituto no mercado. Mas devem ser usados com responsabilidade, respeitando os limites máximos de 0,015g por 100g e 0,03g por 100g, nos casos do nitrito e nitrato de sódio”, disse Alessandra Fernandes Guera.

A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (PROTESTE) tem trabalhos que mostram a capacidade dos nitritos e nitratos de sódio de reagir com certas substâncias presentes nos alimentos, que são as aminas, e se transformam em nitrosaminas, potencialmente cancerígenas.

Danos cerebrais: uma pesquisa de Sandrine Estella Peeters, da COPPE-UFRJ aborda o tema de como os aditivos químicos afetam a saúde. Hiperatividade em crianças, citado como consequência de corantes em alimentos, além de dor de cabeça crônica. Urticária, erupção da pele, câncer em animais, além de riscos de longo prazo de causar danos cerebrais. Este é o caso do glutamato de sódio, muito conhecido nos temperos, mas é utilizado em mais de cinco mil produtos. 

Considerado como um agente capaz de produzir efeito neurotóxico. Em outra pesquisa, da Universidade Cândido Mendes, Roseane Menezes Debatin, tese de mestrado, comenta o seguinte sobre o glutamato de sódio:

“– É um sal composto de uma molécula de ácido glutâmico ligada ao sódio. Tem um sabor adocicado, é um grande estimulante do paladar, suprimindo os gostos desagradáveis, levando a uma maior consumo de produtos industrializados. Usado em caldos, biscoitos, snacks, miojos, batata frita. O ácido glutâmico está envolvido na ativação de uma série de sistemas cerebrais, concernentes à percepção sensorial, memória, habilidade motora e orientação no tempo e espaço. Existem vários trabalhos científicos comprovando a neurotoxicidade do glutamato, principalmente na região do hipotálamo e no sistema ventricular”.

Nos Estados Unidos, o glutamato foi retirado dos alimentos infantis em 1969. A Ajinomoto maior indústria do ramo- 107 fábricas em 23 países - que comercializa o produto informa que o consumo no mundo cresce 5% anualmente.

Lista interminável
Os antioxidantes, usados na conservação, interferem no metabolismo, produzem aumento de cálculos renais, ação tóxica sobre o fígado e reações alérgicas, conforme a pesquisa da COPPE. Os conservantes, como o ácido benzoico, um dos mais usados, produzem irritação da mucosa digestiva, outros produzem irritações nas células que revestem a bexiga, podendo atuar na formação de tumores vesicais. As gorduras hidrogenadas provocam o risco de doenças cardiovasculares e obesidades. E os adoçantes artificiais, substitutos do açúcar, estão relacionados com a diabete, obesidade e o aumento de triglicerídeos (gordura na corrente sanguínea). Sobre os adoçantes, o professor e doutor em ciência de alimentos da Unicamp, Edson Creddio, comenta o seguinte:

“- Os adoçantes são medicamentos que devem ser usados por pessoas com diabetes e hipoglicemia e não por todas as pessoas, inclusive crianças, como se fossem totalmente isentos de risco. Esta substância é vista pelo público leigo como panaceia passada pela mídia com a imagem que levará o usuário a ter um corpo perfeito”.

Os adoçantes artificiais mais usados são a sacarina, que é 500 vezes mais potente que o açúcar, o aspartame, como diz o professor, que é 150 a 200 vezes mais doce, além do ciclamato e o acessulfamo-k, também muito mais doce que o açúcar. Estão presentes nos refrigerantes, bebidas isotônicas, sucos preparados, e demais industrializados.

Sódio em demasia
Fiz uma relação com 14 grupos de aditivos mais usados nos alimentos consumidos atualmente. Os conservantes aumentam o prazo de validade, os estabilizantes mantêm as emulsões homogêneas vamos dizer, os corantes acentuam e intensificam a cor natural para melhorar a aparência e fazer o consumidor acreditar que está levando algo novíssimo. Os antioxidantes evitam a decomposição, os espessantes dão consistência ao alimento e os emulsificantes aumentam a viscosidade do produto. Os agentes quelantes protegem os alimentos de muitas reações enzimáticas e os flavorizantes tem o papel de realçar o odor e o sabor dos alimentos. Já os edulcorantes são usados em substituição ao açúcar e os acidulantes utilizados para acentuar o sabor azedinho do alimento. Os humectantes mantêm a umidade e a maciez, os clarificantes retiram a turbidez, os agentes de brilho mantém a aparência brilhante e os polifosfatos são usados para reter a água, no caso dos congelados, como o frango e nos produtos curados.

No Brasil, a ANVISA desde 2011 negocia com a indústria de alimentos para diminuir a quantidade de sódio dos alimentos industrializados. Não há nem meta nem prazo para chegar a um nível aceitável. Numa pesquisa realizada em 2011, com 496 produtos das regiões nordeste, sudeste e sul foram encontradas entre produtos de diferentes empresas quantidades 10 vezes maiores nos queijos tipo minas frescal, parmesão e ricota. No entanto, as menores diferenças na quantidade usada de sódio entre os mesmos produtos de diferentes empresas chegaram a 40% no caso das mortadelas, macarrão instantâneo e bebidas lácteas. O teor de sódio mais elevado foi registrado no queijo parmesão inteiro e ralado, macarrão instantâneo, mortadela, maionese e biscoito de polvilho.

Informa a ANVISA: o sódio é um constituinte do sal, equivalente a 40% da sua composição, sendo um nutriente de preocupação para a saúde pública, que está diretamente relacionado ao desenvolvimento de doenças como hipertensão, cardiovasculares e renais. Na tabela de informação nutricional dos alimentos, que deve estar no rótulo, consta a quantidade de sódio. Para ser isento não pode ter mais de 5mg por 100g de alimento. Se tiver 40mg na mesma proporção é muito baixo e 120mg é considerado baixo. Na pesquisa da ANVISA o teor médio de sódio do macarrão instantâneo foi de 1.798mg por 100g, da mortadela foi de 1.303mg por 100g e o da maionese 1.096mg por 100g.

Fotos da NASA revelam "luzes estranhas" nas Malvinas.




Uma reunião da NASA em dezembro de 2012 mostrou ao mundo uma das imagens espaciais mais impressionantes já vistas: um mapa de luzes que mostra como é o planeta durante a noite. Após quase um ano estudando a imagem, o ponto de destaque curioso foi a concentração de luz entre a Argentina e as Malvinas. Para surpresa de todos, o local é marcado pela extrema presença de barcos de pesca, o que faz o estranho fenômeno acontecer. (Leia AQUI)


                                             No detalhe é possível ver as "estranhas" concentrações de luz nas Malvinas.

Em comunicado, a própria NASA se mostra surpresa e explica o fenômeno: "Não são assentamentos humanos e não há incêndios ou plataformas de gás no local. Mas há uma enorme quantidade de barco, milhares deles que tem luzes muito potentes para atrair seus alvos para a superfície".

Se algumas pessoas pensaram em "força extraterrestre" ao observas a estranha concentração de luz, a NASA chama a atenção para o problema ambiental que é flagrado neste local: milhares de barcos pescam ilegalmente nas Malvinas, já que o número de luzes excede e muito o número de embarcações legalizadas do local. 



A presença de barcos ilegais coloca em risco o ecossistema local, já que milhares de baleias, focas e pinguins que vivem na região são dependentes de peixes locais para se alimentarem. Com a grande presença de pescadores, a comida fica escassa e diversas espécies estão morrendo no local.

Emissões de gases-estufa no Brasil em 2012 foram as menores em 20 anos.


Sim, pois como para toda a atividade realizada pelo homem existe um impacto, por menor que este seja, não existe o que se insiste em dizer: desenvolvimento sustentável. Isso é uma falácia.

O que se pode fazer é diminuir os impactos causados a natureza e ao ambiente em que vivemos.

Um destes impactos é a emissão de CO² que causam o aumento do Efeito Estufa. Além da queima dos combustíveis fósseis, que são um dos grandes contribuintes para as mudanças climáticas causados pelo aquecimento da temperatura do planeta, o desmatamento é outra grande causa.

Uma boa notícia para nós brasileiros, dá conta que em 2012 (leia AQUI) , o Brasil emitiu a menor quantidade de gases-estufa em 20 anos: 1,48 bilhão de toneladas de carbono equivalente. A redução se deu principalmente devido à diminuição do desmatamento na Amazônia.

No período entre 1990 e 2012, as emissões brasileiras cresceram 7% --bem abaixo da média mundial, que foi de 37%, chegando ao nível recorde de 52 bilhões de toneladas de carbono equivalente.

Os números são de uma iniciativa inédita (AQUI) para estimar a quantidade de gases-estufa emitida no Brasil. Lançado nesta sexta-feira, o SEEG (Sistema de Estimativa de Emissão de Gases de Efeito Estufa) é um esforço do Observatório do Clima, um coletivo de ONGs ligadas ao meio ambiente que se debruçou sobre os dados mais recentes sobre o tema no país.

A redução é benéfica para a Amazônia e para o planeta, pois além da preservação da biodiversidade, também contribui para a diminuir o agravamento do aquecimento global. Sim, porque parar, somente se pararmos com tudo.